O Corsário Negro foi originalmente publicado em 1898, pelo escritor italiano Emílio Salgari,um dos meus favoritos de Aventuras...
Historicamente situado no século XVII, quando Luis XIV da França e Felipe IV de Espanha negociavam a paz lá para os idos de 1760, na Guerra de Flandres,a historia narra a vingança do gentil-homem Emílio de Roccanera, senhor de Valpenta e de Ventimiglia, cujos irmãos haviam sido assassinados por acto de traição e vingança do conde Wan Guld, governador de Maracaibo. Actualmente, Maracaibo é a segunda maior cidade da Venezuela, mas naquela época de ouro da pirataria, era um importante posto comercial e de colonização, por estar entre o Golfo do México e as ilhas das Caraibas. Esse é o espaço em que o Corsário Negro, que faz jus ao apelido por causa da sua indumentária negra, seu porte de nobreza e a sua triste e solitária figura, luta para obter justiça.
O livro divide-se,em três grandes momentos. No primeiro momento, o corsário negro, com a ajuda de dois marinheiros e de um negro da ilha, entra em Maracaibo sorrateiramente para resgatar da forca o último dos três valentes irmãos mortos por Wan Guld. É nesta parte que, baseando-se em princípios de cavalheirismo e honra, o gentil-homem poupa a vida de um soldado catalão e de um Nobre espanhol.
O segundo momento é o da fuga do navio Fulgor junto com o corpo do corsário vermelho, resgatado em meio a muitas aventuras e uma explosão de proporções assustadoras, e o de confronto com um navio espanhol que vinha em direção a Maracaibo, onde o corsário e sua tripulação encontram trancados na cabine uma jovem duquesa flamenga com a sua aia .Ambos se apaixonam, mas o capitão, tendo jurado que vingaria os 3 irmãos somente se matasse Wan Guld e toda a sua família, não permanece com ela,já que ela ,por infelicidade,é filha do seu maior inimigo.
Mal pousa na famigerada ilha Tortuga, onde bucaneiros e flibusteiros concentram os resultados de seus grandiosos saques marítimos, une-se à frota de dois outros grandes capitães e parte de novo para Maracaibo, desta vez, segundo ele, para invadir a ilha do governador e matá-lo.
O terceiro grande conjunto de aventuras gira em torno da caça ao conde Wan Guld, que se vira contra o caçador corsário, pois que após atravessar uma floresta virgem e se deparar com onças, suçuaranas, jaguatiricas, jacarés, lodaçais, pântanos, espinheiros e antropófagos (para não mencionar fome, sede, dor, sono e exaustão), a corajosa e reduzida equipe, agora orientada justamente pelo catalão que havia sido poupado na primeira parte, se vê aprisionada pelo governador, e só escapa à morte porque o capitão do navio que os captura não é outro senão o do nobre Sr. de Lerma, o gentil-homem a quem o corsário havia também poupado a vida.
O Destino da duquesa Honorata,filha de Wan Guld, é parlamentado pela tripulação enraivecida,do barco do corsário...colocada num escaler (uma embarcação sólida, pequena, com remos e bancos) com mantimentos para uma semana, é largada em alto mar, num ponto indefinido entre a ilha Tortuga e o estreito de Gibraltar.O Corsario como a ama,não a conseguiu matar,decidindo em vez disso,que o mar a enviasse para a Morte,ou Salvação...
O que tinha feitoWan Guld de tão terrível?
Na guerra entre França e Espanha pela disputa pelo território de Flandres, o então comandante das tropas francesas Wan Guld havia vendido a alto preço sua lealdade aos espanhóis, infiltrando-os durante a noite no forte francês. Durante a traição perpetrada, ele mata o primogenito dos irmãos Roccanera como forma de silenciar a traição, mas o faz com atraso, porque todos do grupo tinham visto e tiveram tempo de fugir, dentre os quais estavam os outros três irmãos. Não bastasse esta traição, pela qual angariou seu cargo de governador em Maracaibo, mandou enforcar o Corsário Verde e o Corsário Vermelho, irmãos de Emílio, como forma de se vingar de todos os Roccanera e de silenciá-los com relação à sua traição.
Com base na historia do livro,fizeram o filme com Kabir Bedi, e Carole André do filme Sandokan,(que tiveram um caso na altura..) e Mel Ferrer,em 1976.
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