As Antigas Casas de Penhores


 Eu lembro-me que a " Ida ao Prego" era muito normal, no meu tempo de criança.

Quem tivesse ouro e outros bens valiosos desse género, em tempos difíceis eram penhorados para conseguir algum dinheiro e muitas das vezes nem conseguiam reaver mais tarde.

Mas quem não tivesse bens valioso qualquer coisa penhoravam, mesmo roupa e moveis.

Muitas idosas tinham que pôr no “prego” à Segunda-feira bens essenciais como o seu calçado, o fato de Domingo dos maridos ou até cordões e brincos de ouro, que levantavam a correr ao sábado (quando os maridos recebiam semanalmente), para poderem usá-los ao Domingo. 

Na Segunda-feira seguinte voltavam a penhorá-los!

Durante os anos que se seguiram à II Guerra Mundial tornou-se vulgar o recurso às casas de penhores, casas que emprestavam dinheiro em troca de objetos segunda mão e pertences pessoais, que as pessoas podiam recuperar ou reaver em troca de um pagamento em dinheiro.

O contracto de penhor resumia-se a uma cautela que era dada ao cliente, que servia para reaver o seu objeto mais tarde. Se não tivessem possibilidades de levantar os seus pertences no prazo dado, as casas de penhores leiloavam esses bens.





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